"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)
domingo, 17 de agosto de 2014
Faz de mim poeta
Faz de mim poeta
Peço à tarde que cai
Nessas palavras tantas
O tempo vai vai
E tão perdidas
E dizem de um céu azulzinho
E tão sentidas
E dizem do amarelo das manhãs, cedinho
Faz de mim poeta
Da lembrança ainda não perdida
Que espera na tarde preguiçosa
A poesia ainda não concebida
Se eu fosse poeta
Em rascunho, rabisco, papel amassado
Esqueceria uns tantos momentos
Faria novos, ainda que de um tempo passado
Mas é tarde e tão tarde
Bobagem pensar em se's
Quem dera em poesia inventar
Final para o que não pôde acabar
Ah se eu fosse poeta
Te daria uma carta, eu juro
De muito que eu pensei, de muito que é lindo
Mas o tempo passou, não sei quanto perduro
Faz de mim poeta
Eu pedi isso e muito mais
Mas não fui poeta
Nem muito mais
Ítalo
Bologna
Agosto 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário